A febre oropouche, doença viral transmitida por mosquitos e até então predominante na região amazônica, passou a ter transmissão local no Paraná. Neste ano, o estado já contabilizou 47 casos confirmados, sendo 44 deles em Adrianópolis, na Região Metropolitana de Curitiba.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (SESA), todos os casos registrados em Adrianópolis são autóctones, ou seja, as infecções ocorreram no próprio município. Outros dois casos autóctones foram confirmados em Morretes. Em Arapongas, um caso foi registrado, mas classificado como importado, já que o paciente relatou ter contraído a doença durante uma viagem ao Espírito Santo.
No cenário nacional, o Ministério da Saúde já contabiliza 11.305 casos e quatro óbitos pela doença: três no estado do Rio de Janeiro e um no Espírito Santo.
Assim como a dengue, a febre oropouche é uma arbovirose, transmitida por mosquitos. O principal vetor é o Culicoides paraensis, popularmente conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Não há tratamento específico para a doença, sendo indicadas medidas de prevenção semelhantes às adotadas contra a dengue: uso de repelentes e eliminação de criadouros de insetos, como recipientes com água parada.
Principais sintomas da febre oropouche:
Dor de cabeça
Dores no corpo
Náuseas
Vômitos
Dor atrás dos olhos
A coordenadora de Vigilância Ambiental da SESA, Ivana Belmont, alerta que a doença costuma ocorrer em áreas rurais ou próximas a matas, mas também tem sido associada a regiões com plantações de bananeiras.
As autoridades de saúde seguem em alerta para evitar a propagação da febre oropouche no estado e reforçam a importância da prevenção por parte da população.
